Sexta-feira à tarde e lá fui eu apanhar o comboio (das 16.30) para Budapeste. Saí do trabalho mais cedo, fui a casa buscar a minha mochila do turismo e parti em busca da estação de comboios. A minha sorte é que a estação de comboios é na minha rua, portanto foi só andar em frente até ver uma data de comboios e pessoas (aqui as pessoas viajam muito de comboio)
E 3 horas depois já estava na Capital =)
Fui ter a casa da Rossana e aí conheci a Joana, amiga dela que também a estava a visitar. Nessa noite fomos a uma festa de despedida dum amigo espanhol que se vai embora de volta para Espanha. Foi uma festa tão diferente para mim, não estou nada habituada a este género de festa tipo “Erasmus”, onde se conhece gente de toda a parte. (Adorei, como calculam! =)) Conhecer malta de várias nacionalidades e estar num agradável convívio, foi muito, muito nice. É todo um mundo novo por descobrir!
Após a festa ainda fomos parar ao Szimpla bar, o que foi óptimo, poder ir de novo àquele fantástico irreverente sítio, onde as portas são aquelas tiras de plástico que se vêm nos talhos, os candeeiros são feitos de caixotes de lixo do Ikea, os sofás são feitos das coisas mais inimagináveis, como banheiras, barris ou até mesmo um carro cortado ao meio. Tem uma sala só com botões (de computadores, de maquinas antigas, joysticks, etc.) e vários ecrãs, e corre o rumor que um dia os botões funcionavam, ou seja, podiam “manipular” as imagens dos ecrãs.
Só vendo para acreditar! E foi no Szimpla que as 3 meninas beberam a sua Palinka (ver caixa informativa). Era ver qual de nós fez a cara mais feia após o shot da Palinka comum, de ameixa. Mas é como diz a Rossana, a Palinka é tão forte que não dá para sentir o sabor de nada, só mesmo do álcool. Em Roma, sê Romano e se estás na Hungria tens que beber Palinka! (é como ir a Portugal e não provar vinho do porto ou a Ginjinha) E depois de termos sido praticamente expulsas do bar lá tivemos que ir para casa.
Uma boa noite em Budapeste! =)
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PALINKA (retirado da Wikipédia)
Bebida tradicional húngara, é uma espécie de licor de frutas que é duplamente destilada produzida na Hungria e na Transilvânia.
A Palinka é feita com várias frutas, as mais comuns são: Ameixas, Pêras ou Pêssegos.
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No sábado, visto ser o último dia de estadia da Joana em Budapeste, fomos fazer o típico passeio turístico de compras. Não sem antes ir ao mercado (ver foto) almoçar outra especialidade húngara – Langosh - uma espécie de pizza, mas com uma massa mais semelhante à do churro (salgada) e depois por cima leva natas e queijo. (é bom, mas um pouco enjoativo) Depois de andarmos a ver as lojas turísticas e da Joana ter comprado as suas lembranças, estávamos bem cansadas e fomos relaxar para uma “bistro house” bem catita, com lareira e uns sofás onde pudemos estar esparramadas a falar. Tivemos que ir embora para fazer o jantar e nos preparamos para a grande noite que se avizinhava.
Após o jantar, fomos vestir os nossos biquínis e ... off we gooooooo!
(Uma coisa muito boa em Budapeste é que se pode ir a pé para todo o lado.)
A Sparty foi acolhida nas Piscinas Turcas mais antigas da Europa, um local com mais de 500 anos.
Definição de Sparty: muito semelhante a uma discoteca onde há música e muitos jovens com apenas algumas particularidades:
Piscina aquecida + ambiente húmido + escuridão
Quantidade de roupa escassa
Pronto, com esta pequena fracção dá para perceber que numa Sparty reina “o deboche e a promiscuidade”. (íamos nós a pensar nisso no caminho para lá, a partilhar histórias ouvidas e boatos que circulam sobre antigas Sparties). No entanto não foi o caso desta! Tivemos muita sorte pois não estava muita gente nessa noite e não se presenciou um ambiente tão “devasso” como nós receávamos.
Explicando melhor, ora bem como já dito anteriormente é uma festa numa espécie de termas, locais muito comuns na Hungria (Aqui têm uma grande cultura termal).
Entrámos e vestimos os nossos fatos de banho e lá vamos nós para as piscinas dançar e ouvir a música. Neste caso, tínhamos vários ambientes.
Um “sala” mais escura e mais aquecida com uma piscina central com água quente e mais 2 pequenas piscinas laterais com água não tão quente.
Na entrada principal era a pista de dança com música e espaço para dançar.
Por fim, tínhamos um grande “salão” com a maior piscina das termas, onde a água não estava muito quente e ainda tinha uma varanda lateral que acompanhava toda a piscina e de lá podia-se ver tanto a piscina como as exibições ao longo da noite.
Por sorte conseguimos ver as exibições da noite tanto numa piscina como noutra. Na piscina mais pequena, deu-se um espectáculo de dança do ventre com música e com fogo a ser lançado dumas pequenas … para dar ambiente.
Enquanto na piscina maior estiveram malabaristas e cuspidores de fogo, dança acrobática aquática e uma artista cuja performance consiste numa espécie de 2 panos vindos do tecto e ela faz acrobacias no ar apenas agarrada a esses dois pedaços de tecido. Peço desculpa por não saber explicar melhor, mas quem já viu um espectáculo desses sabe a que me refiro. (MUITO GIRO!) Infelizmente não dava para tirar fotografias e não tenho provas de todas essas memórias para vos mostrar.
À ida para casa ainda fomos ao Godör bar, que traduzindo para Português é o “buraco”, porque este se situa debaixo duma praça. E teoricamente o bar é mesmo um buraco “escavado” por debaixo da praça. Dito assim até parece mau, mas o bar é muito giro e é um espaço muito bem conseguido. Mais uma vez tivemos que ser “expulsas” do bar, devido ao adiantado da hora…
Domingo, o dia acordou triste e a cheirar mesmo a Domingo, não sei explicar esta sensação, mas é uma espécie de nada para fazer e sair à rua e estarem vazias, estar tudo fechado e parece que nada nos anima. E o facto de o sol não brilhar, não ajuda nada!
E aí foi a Inês de volta a Nyíregyháza.
Sem dúvida Budapeste é uma cidade com vida própria. (e se tiver oportunidade irei voltar outra vez).
Beijoooooos
Inês na terra dos Magyares
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