(escrito a 6 de Fev)
Ontem o dia foi muito cansativo. Andámos cerca de 2 horas (ida e volta) a pé para ir a uma escola do outro lado da cidade com o intuito de entrevistar uma professora e uns alunos para uma reportagem para a rádio. (mais uma vez não percebi bem que tipo de reportagem irá ser feita, pois foi tudo falado e discutido em húngaro). Mesmo assim, acompanhei-as até à escola, para conhecer mais um pouco da cidade e aproveitei e fiz a foto reportagem. (Não estava mesmo a fazer nada e entretive-me a tirar fotos à entrevista, aos miúdos e à escola). Confesso que aquela parte da cidade onde fomos não é nada bonita. Pareceu-me o típico bairro leste comunista, só prédios e mais blocos de prédios tudo cinzento e triste. Nada de jardins ou algum sitio giro para passear. Mas valeu pelo passeio, pude ver mais um pouco da cidade que ainda não tive tempo para conhecer.
Ontem o dia foi muito cansativo. Andámos cerca de 2 horas (ida e volta) a pé para ir a uma escola do outro lado da cidade com o intuito de entrevistar uma professora e uns alunos para uma reportagem para a rádio. (mais uma vez não percebi bem que tipo de reportagem irá ser feita, pois foi tudo falado e discutido em húngaro). Mesmo assim, acompanhei-as até à escola, para conhecer mais um pouco da cidade e aproveitei e fiz a foto reportagem. (Não estava mesmo a fazer nada e entretive-me a tirar fotos à entrevista, aos miúdos e à escola). Confesso que aquela parte da cidade onde fomos não é nada bonita. Pareceu-me o típico bairro leste comunista, só prédios e mais blocos de prédios tudo cinzento e triste. Nada de jardins ou algum sitio giro para passear. Mas valeu pelo passeio, pude ver mais um pouco da cidade que ainda não tive tempo para conhecer.
Mal chegamos à organização estávamos tão cheias de fome que fomos logo almoçar e desta vez não era nada de particularmente esquisito. (as sopas aqui é que não são sopas, são caldos, são feitas com água e ingredientes que são atirados inteiros para dentro do tacho, já tenho saudades das nossas sopinhas portuguesas.)
E gravei a minha 1ª aula de português na rádio. Esperava que corresse melhor, confesso. Tinha preparado a minha aula com base na minha 1ª aula de húngaro, portanto tinha umas palavritas em húngaro e ia traduzi-las para português. Eis senão quando me apercebo que a minha lição de português ia ser totalmente gravada em português. E eu pensei para mim mesma: Desde quando poderá ser uma lição em português para húngaros se ninguém ira perceber o que digo?!E perguntei isso mesmo: “Mas ninguém irá perceber o que estarei a dizer.” Ao que me respondem: “Não interessa!”.
Ou seja, eles aqui na organização não querem uma coisa bem feita, apenas têm que cumprir as directivas do programa de voluntariado que impõe que as voluntárias tenham uma hora por semana na rádio, não interessando o conteúdo do mesmo ou sequer a língua em que o programa é feito. (confesso que fiquei super desiludida) Mas vou tentar dar a volta e preparar o meu programa meio em português meio em húngaro com a ajuda das minhas colegas. Senão não estarei a fazer a mínima diferença. Espero conseguir dar o meu contributo da melhor maneira possível, para que o Português faça alguma diferença aqui na rádio.
Hoje o dia amanheceu solarengo e prevê-se que esteja assim o dia todo! Que bom, poder fechar os olhos e sentir o sol na minha pele. Só me falta uma coisa, o cheiro a maresia! Parece estranho, mas para quem vive perto do mar, este torna-se o nosso melhor amigo, apesar de distante e de por vezes apenas visto pela janela do comboio. Para nós, torna-se um amigo, um amigo silencioso, que não precisa de dizer ou fazer nada para nos confortar basta-lhe estar lá e ser ele mesmo. Para quem está habituado a desfrutar da sua companhia quase diariamente nos meses mais quentes do ano, ou apenas poder passear à beira mar e ouvi-lo, sabe que é difícil viver longe deste elemento. Quase que se torna parte de nós e nós parte dele. Portanto vejam lá se me mandam postais com as nossas maravilhosas paisagens. Isto dos blogs é muito bonito, mas falta qualquer coisa. (vá, também aceito e-mails com fotografias em anexo)
Hoje descobri uma coisa um pouco perturbadora. Já tinha reparado na quantidade imensa de pássaros que há aqui mesmo no meio da cidade, estão nos jardins ou mesmo nas árvores, mas só hoje é que os pude ver mesmo de perto e pude perceber que são CORVOS!! E acreditem, são mesmo muitos. Sendo eu, uma menina da cidade que não está habituada a ver muitos pássaros mesmo a uns centímetros de nós, torna-se um pouco estranho estar rodeada por tantos corvos. Sou perseguida pelos pássaros da morte. Muahahahah
No entanto, estive a investigar e ao que parece os corvos são animais muito inteligentes. “Exibem sinais de inteligência, planeamento e comunicação entre indivíduos” e “Em testes específicos de inteligência animal costumam atingir altas pontuações” – retirado da Wikipédia.
Têm esta percepção, em várias mitologias, de “animais da morte” devido à sua plumagem negra e hábitos necrófagos. (apesar de tudo isto, vou manter-me alerta e nada de movimentos bruscos ao pé dos corvos, com medo que voem em direcção a mim com aquele olhar maléfico e bico furioso) brrrr
Correcção do pedaço de História que vos contei: A Hungria perdeu terreno do seu país, após ter ficado estabelecido no julgamento de Nuremberga que esse seria a sua pena, por ter ficado do lado Nazi na segunda guerra mundial.
Mais uma vez reforço a ideia (para aqueles que têm perguntado e também para quem não perguntou), podem me visitar à vontade. É só combinar datas para ver se dá e a casinha e eu estaremos à vossa disposição.
Ao que parece neva ai muito em Portugal. Contem-me tudo! Infelizmente não tenho tido tempo para ver os jornais, porque no escritório não posso estar a ver o telejornal, cai mal, né?
Partilhem coisas!
Beijoooooooooos,
Inês na terra dos Magyares
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